É comum ouvirmos algumas expressões como:
- Igreja não salva ninguém - Estou longe da igreja, mas não longe de Deus - Sirvo a Deus do meu jeito e Ele entende isso. Cultuo a Deus em casa - Não preciso de líderes dizendo o que devo ou não fazer, quero minha liberdade - A hora que eu quiser, voltarei para a Igreja, tenho força e tempo para isso - Amo a Deus e não preciso ficar mostrando isso indo a cultos ou interagindo com os irmãos - não vou a igreja, pois estou sem tempo – não vou a igreja, pois fica longe da minha casa.
Expressões como estas vem de pessoas que buscam justificar atitudes que elas mesmas não acreditam, pois assim fosse não precisariam justificar. Tentam convencer a si mesmas de mentiras que foram plantadas pelo inimigo de nossa salvação; por isso não administram seu tempo, esforço e recursos objetivando congregar. Diante dessas afirmativas, pergunto: pode um dedo, uma orelha ou qualquer parte do físico humano, sobreviver desconectado/fora do corpo? Ou pode uma brasa manter-se acesa fora da fogueira ou do braseiro? Veja o que diz a Bíblia em Jo 15:5 “Sem mim nada podereis fazer”. A leitura-base para nossa mensagem da semana será:
“Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.
E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e ás boas obras,
Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”.
Hebreus 10:23-25
Segundo o dicionário Silveira Bueno, congregar é o ato de reunir; e congregação é assembléia/reunião. Aprofundando na pesquisa etimológica saberemos que congregar tem origem no termo grego ekklesia, que na versão portuguesa é entendida como assembléia ou ajuntamento de pessoas sob um mesmo objetivo. O homem é um ser gregário, ou seja, é uma espécie que vive em grupo ou rebanho, por isso chamado ser sociável. Tendo criado e conhecendo nossas características, Deus no Antigo Testamento tratava com o povo/coletividade, já no Novo Testamento Deus trata com o indivíduo dentro de um grupo. Diferenças essas, não somente de palavras, mas de conteúdo, uma vez que Cristo cumpriu a lei de Moisés e estabeleceu uma nova Aliança, agora não mais de liturgias ou cerimônias e sim a Lei do Amor que une o homem a Deus pelo caminho é Jesus Cristo. A partir daí, a salvação passou a ser INDIVIDUAL, pois o Senhor respeita a decisão de cada pessoa, mas àqueles que o aceitarem como Salvador (ver Rm 3:23 “Pois todos pecaram e carecem da Glória de Deus” e também Rm 6:23 “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”), deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (ver Jo. 1:12). Essa adoção é operada pelo Espírito Santo (Ver Rm 8). Desse momento em diante fazemos parte da família de Deus e igreja na Terra; que o apóstolo Paulo comparou a um corpo, onde a cabeça é Cristo e a igreja são as demais partes (tronco e membros). À exemplo de um corpo, o conjunto tem de estar coeso, reunido/interligado, caso alguma parte dele se desligar e não for reintegrado ao corpo rapidamente, acabará necrosando, ou seja, acabará morrendo pela falta de fluxo sanguíneo e dos nutrientes necessários a sua existência. Assim, ele orienta estarmos juntos, congregando em um corpo chamado Igreja. Vejam como exemplos: todo o livro de Atos, principalmente cap. 2 e 4, as orientações de Paulo em I Tm 3:14-15 que diz “Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa; Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade”. Vejam também que o Senhor buscou orientar-nos através dos apóstolos sobre o culto a Deus na Igreja, além disso, trouxe outras orientações práticas para congregar, como: expor os membros a palavra revelada, que é a Bíblia e culto a Deus (Ver I Cor. 14:23-31 e Ef. 5:18-21), a celebração da santa ceia, os aconselhamentos e orientações aos membros, a disciplina aos pecados na igreja e tantos outros assuntos, ver I Cor. 11:17-3,4, I Cor. 5 e cap. 16, etc.).
Baseado nos argumentos acima e referente à enquete da semana, respondemos: NÃO, não conseguimos ser cristãos sem congregar! O cristão que não está exposto a palavra de Deus, aos momentos de oração, sacrifícios e comunhão com os irmãos não consegue ter uma vida cristã verdadeira. Fosse diferente disso, os cristãos mesmo diante das perseguições sofridas nos primeiros séculos da igreja na Terra, não precisariam reunir-se às escondidas nas catatumbas romanas, subsolos ou em outros locais. Não se deixe enganar, passe a congregar numa igreja evangélica que pregue a Bíblia como única base de fé e assim, sirva e cultue a Deus. Esteja debaixo de uma cobertura na Terra que é a igreja, que te auxiliará a servir ao Senhor e trabalharão por sua salvação e comunhão com Deus. Caso você queira, mas sente-se fraco para congregar, permita-nos ajudar você: compareça a uma de nossas reuniões ou escreva-nos por email, que responderemos. Fique na Paz do Senhor!
Anápolis-GO
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